6 de mai. de 2016

A flor

A CONVIVÊNCIA DO SER HUMANO COM A FLOR

As multicoloridas flores que nascem nos campos e montanhas, 
São tesouros atribuídos a nós por Deus.
Mokichi Okada

No Japão, desde os tempos mais remotos, as pessoas sempre conviveram com as flores. 
Ao final do inverno, o pequeno botão da flor da ameixeira brota avisando que a primavera está próxima e, assim, as pessoas dão início ao plantio e a diversos outros preparativos.   
Na primavera, ao caminharmos por entre cerejeiras em pleno florir ou pela plantação de flores de canola, uma grande alegria invade nossos corações e nos sentimos revigorados.  
Nas manhãs quentes de verão, o lilás da glória-da-manhã enche nossos olhos e transmite uma sensação de frescor. Da plantação de girassol, que se perde no horizonte, recebemos o vigor da vida. 
A flor-do-cosmos, no outono, nos transmite imensa ternura e, no inverno, experimentamos uma forte disposição ao apreciar a camélia que, coberta pela neve, resiste ao frio.
 Durante o ano, as flores desabrocham de acordo com a estação e, da mesma forma, são utilizadas em diversas ocasiões na vida do ser humano. Elas estão presentes em cada fase da vida: nascimento, ingresso na escola, casamento, doença e condolências. Quando estamos felizes, as flores também se alegram; nos momentos de tristeza, nos consolam, sem nada dizerem. 
Desde os primórdios dos tempos, elas se achegam ao coração das pessoas e fazem aflorar a delicadeza e a coragem, inatos no ser humano. 
O mestre Mokichi Okada conviveu com as flores que, de forma imparcial, nos proporcionam muitos benefícios. Respeitando-lhes a vida, ele vivificou-as no dia a dia. Desse convívio, nasceu a Ikebana Sanguetsu. 
Com o desejo de que o maior número possível de pessoas possa receber as bênçãos da flor, ele as incentivou a colocá-la em todos os cantos dos lares, dos escritórios e em qualquer outro local onde houvesse pessoas. 
Hoje, graças à proximidade das pessoas com os mais variados tipos de flores, os benefícios manifestados por elas estão sendo disseminados cada vez mais. 


Exposição Coletiva de Ikebana


Momentos de Gratidão.


Lembranças do Rio de Janeiro.

   

4 de mai. de 2016

Kodomo no Hi

Koinobori: 
a carpa é peixe cheio de energia, força e persistência, pois nada contra a correnteza para desovar. Segundo a lenda, uma carpa nadou contra a cachoeira e ao chegar ao topo, transformou-se em dragão.

Kintaro: 
é o nome de criança de Sakata no Kintoki, um famoso samurai da Era Heian, conhecido pela sua força ainda quando menino. Dizia-se que ele montava ursos, em vez de cavalos.

Shoki (Zhong Kui): 
figura mitológica chinesa. Tradicionalmente conhecido como exterminador de fantasmas e espíritos malignos.

Momotaro:
herói do folclore japonês que, com a ajuda de um cachorro, um macaco e um faisão, destruiu os demônios da ilha de Onigashima.

Shobu, a íris japonesa, também tem uma forte ligação com a data. Pelo seu formato se assemelhar a uma espada, no século XII, folhas desta planta eram colocadas na banheira para que o banho do garoto lhe proporcionasse um espírito aguerrido.

5 de Maio Dia dos Meninos Kodomo no hi



Kodomo no Hi (こどもの日) é o quarto de 4 feriados nacionais no espaço de 7 dias que compõem o Golden Week (Semana Dourada). 
Originalmente conhecido como Tango no sekku, este feriado é um dia reservado para celebrar o “Dia das Crianças”, embora seja destinada principalmente aos meninos. 
Para as meninas foi designado o Hina Matsuri (Festival das Bonecas) no dia 3 de março.

O Hina Matsuri é tradicionalmente marcado por uma exposição de bonecas, transmitidas de mãe para filha há gerações. Já no caso do Kodomo no Hi, são usados bonecos de guerreiros samurais, juntamente com flâmulas de carpas que são penduradas nos jardins e quintais das casas chamadas de koinobori.
O Koinobori (鯉幟) significa literalmente “Subida das carpas” e a dimensão dos kois pode variar de alguns centímetros a vários metros.. As carpas simbolizam a força e a determinação no folclore japonês e é destinada ao filho mais velho.

Além do koinobori e bonecos de samurais, as famílias enfeitam o interior de suas casas com miniaturas de capacetes, armaduras, espadas, arcos e flechas representando os heróis Kintaro [金太郎], Shoki [鍾馗] e Momotaro [桃太郎].